De acordo com o último relatório da Tendências Consultoria, acessado com exclusividade pelo Poder360, 22 estados brasileiros devem sofrer desaceleração econômica em 2025 (em comparação com os números do ano anterior).
As projeções apontam para pequenas quedas de expansão do PIB estadual (produto interno bruto), isto é, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos na região durante o período. "Não quer dizer que vão parar de crescer, mas a expansão terá um ritmo menor", explica o Poder360.
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A queda no ritmo de crescimento deve ser maior em três estados: Amapá (que passa de uma expansão estimada em 7,2% para 3,2%); Santa Catarina (de 4,9% para 1,0%); e Paraíba (de 4,7% para 1,4%).
As economias que devem ser aquecidas são, por sua vez, as dos estados baseados em atividade agroprodutiva e exportadora: Mato Grosso do Sul (passa de -0,8% para um crescimento de 4,4%); Mato Grosso (de -0,3% para 3,7%); e Rio Grande do Sul (de 2,0% para 2,5%).
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Estados como Roraima e Piauí também apresentam uma leve recuperação positiva, que gira em torno de 0,1 ponto percentual: o primeiro passa de 2,1% para 2,2%; e o último, de 2,7% para 2,8%.
Os demais estados têm uma leve queda ou uma economia mais "resfriada", com motivações climáticas (como aquelas que influenciam o desempenho das safras) e econômicas (como o aumento dos juros e uma desaceleração setorial global).
No Norte, a agropecuária tem leve queda na produção de carne bovina, e o setor extrativista se destaca positivamente. "A realização da COP30, em novembro, deve impulsionar construção civil e serviços", nota o levantamento, especialmente no estado do Pará, que sediará o evento.
No Centro-Oeste, deve haver uma boa safra de grãos, com queda da carne bovina e aumento da indústria de celulose e da produção de biocombustíveis.
No Nordeste, consumo, serviços e mercado de trabalho "se mantêm fortes", e a agropecuária avista melhoria na safra de grãos e na produção de frango e cana.
No Sudeste, a indústria de transformação é desacelerada com altos juros, mas a indústria extrativista continua a crescer, motivada sobretudo por minérios e petróleo.
No Sul, por fim, apesar da limitação de ganhos avistada na pecuária, a safra de grãos tem resultado positivo. O resultado das chuvas também afeta negativamente o estado, mas "a indústria é puxada pela construção civil".
