CIDADES

As cidades brasileiras mais e menos desenvolvidas em 2025

42,8% dos municípios brasileiros estão na faixa do baixo desenvolvimento, diz a edição de 2025 do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), e 4,5% estão em estado crítico

A cidade de São Paulo.Créditos: Pixabay
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De acordo com a edição 2025 do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que avaliou 5.550 municípios brasileiros (em que concentram-se 99,96% da população do país) a partir de métricas de desenvolvimento, pelo menos 42,8% dos municípios (2.378) estão na faixa do baixo desenvolvimento, e 4,5% (249) estão em estado crítico

A pontuação de referência do IFDM vai de 0,0 a 1,0: quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento avistado. 

Pontuação de desenvolvimento.
Créditos: IFDM - 2025

Os dados se referem ao ano de 2023, e mostram "a evolução no desenvolvimento dos municípios ao longo dos anos" em questões como absorção de mãe de obra, PIB per capta, participação dos salários no PIB, cobertura vacinal, taxa de matrícula em instituições de ensino e outras. 

Métricas de desenvolvimento avaliadas pelo relatório.
Créditos: IFDM - 2025.

"Nos municípios com alto desenvolvimento no IFDM geral, 44,3% da população em idade ativa possui emprego formal, enquanto nos críticos esse percentual cai para apenas 9,1%", diz o relatório, que encontrou "dois grupos extremos" de municípios: os com IFDM crítico e os moderados.

Para os municípios em estado crítico de desenvolvimento, o padrão médio só seria atingido em 2046, estima o documento: "Em outras palavras, os municípios menos desenvolvidos estão 23 anos atrasados em relação aos mais avançados."

Os municípios na liderança do índice são de São Paulo e do Paraná, e alternam-se nas primeiras posições. Alguns deles, como Maringá (PR) e Americana (SP), nunca deixaram o top 10.

Os 10 melhores IFDMs do Brasil

  1. Águas de São Pedro, SP - 0,8932
  2. São Caetano do Sul, SP - 0,8882
  3. Curitiba, PR -  0,8855
  4. Maringá, PR -  0,8814
  5. Americana, SP - 0,8813
  6. Toledo, PR - 0,8763
  7. Marechal Cândido Rondon, PR - 0,8751
  8. São José do Rio Preto, SP - 0,8750
  9. Francisco Beltrão, PR - 0,8742
  10. Indaiatuba, SP - 0,8723

Já os municípios nas últimas 10 posições são, em sua maioria, da região norte do país.
 

Os 10 piores IFDMs do Brasil

  1. Curralinho, PA - 0,2431
  2. Melgaço, PA - 0,2429
  3. Limoeiro do Aruju, PA - 0,2420
  4. Fernando Falcão, MA - 0,2161
  5. Oeiras do Pará, PA - 0,2143
  6. Santa Rosa do Purus, AC - 0,1806
  7. Jutaí, AM - 0,1802
  8. Uiramutã, RR - 0,1621
  9. Jenipapo dos Vieiras, MA - 0,1583
  10. Ipixuna, AM - 0,1485

O relatório indica que apenas cerca de 109,2 milhões de pessoas, o equivalente a 51,6% da população brasileira, vivem em cidades com desenvolvimento considerado moderado, e 50,3 milhões (23,%) "ainda enfrentam condições de baixo desenvolvimento". 

Os dados também apontam para uma dificuldade maior no desenvolvimento de municípios menores, que são a maioria em estado crítico, enquanto "estruturas mais robustas tendem a alcançar níveis mais altos de desenvolvimento".

As diferenças regionais também saltam aos olhos: se, em São Paulo, 99,7% da população reside em cidades de desenvolvimento considerado alto ou moderado, no Amapá, 100% residem em municípios de desenvolvimento baixo ou crítico. No Maranhão, a porcentagem é 77,6%; e, no Pará, 72,4%.

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