O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta terça-feira (17), a realização de duas acareações solicitadas pelas defesas de dois réus do chamado núcleo crucial da ação penal da tentativa de golpe.
A primeira será realizada entre o ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid e o general da reserva Walter Braga Netto. A defesa do ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 fez o pedido para explicar supostas contradições no depoimento de Cid, que firmou acordo de delação premiada.
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O ministro marcou a acareação para o dia 24 de junho, às 10h, na sala de audiências do STF. Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro de 2024, deve comparecer pessoalmente, mediante a instalação de equipamento de monitoramento eletrônico.
Mais cedo, também nesta terça, a defesa do general pediu o adiamento da audiência para sexta-feira (27) em função de uma viagem internacional marcada anteriormente pelo advogado principal do processo, José Luis de Oliveira Lima.
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Moraes negou o adiamento, entendendo que Braga Netto é acompanhado de uma banca composta por seis advogados, e que outros representantes dele também podem participar da acareação.
Anderson Torres e Freire Gomes
Alexandre de Moraes também acolheu um pedido feito pela defesa do réu e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, e autorizou uma acareação entre ele e o general e ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, testemunha na ação penal da trama golpista.
Os advogados de Torres alegaram que é preciso conferir a fala do general Freire Gomes a respeito da suposta participação do ex-ministro da Justiça em reuniões para elaborar a tentativa de golpe.
A acareação entre Torres e Freire Gomes está marcada também para o dia 24 de junho, às 11h.
Com informações da Agência Brasil