50 anos do AI-5: Bolsonaro já propôs reedição da medida

Diferentemente de outros políticos, o presidente eleito Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o aniversário de 50 do mais duro ato institucional da ditadura militar, mas há 20 anos defendia a medida e ainda propunha sua reedição; relembre

Reprodução/Estado de Minas
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O assunto do dia nas redes sociais do Brasil nesta quinta-feira (13) são os 50 anos do AI-5. O termo já é um dos mais populares do Twitter e inúmeros políticos vêm fazendo postagens que rememoram o dia 13 de dezembro de 1968. Nesta data o então presidente ditador Artur da Costa e Silva baixou o Ato Institucional Número 5, que fechou o Congresso, suspendeu os habeas corpus, concedeu ao presidente o poder de governar por decreto e institucionalizou a censura prévia às artes e à imprensa, além de recrudescer a prática da violência, da tortura e da perseguição política. Um dos poucos políticos que ainda não se pronunciou sobre o assunto é o presidente eleito Jair Bolsonaro. Saudosista da ditadura militar e defensor de torturador, o capitão da reserva tem procurado ser mais discreto quanto aos elogios aos anos de chumbo. Há 20 anos, no entanto, defendia o AI-5 sem nenhum tipo de pudor e ainda propunha uma reedição da proposta. Em uma entrevista ao jornal Estado de Minas para falar sobre os 30 anos da implantação do ato institucional, em 1998, o então deputado federal em seu terceiro mandato disparou: "O que eu acho é que uma reedição do AI-5 seria até bem-vinda agora para cassar os políticos corruptos". Relembre a íntegra da entrevista aqui.  

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