Advogado bolsonarista ligado ao agronegócio é acusado de extorquir assentados do Pará

Com 253 mil hectares, local é cobiçado por mineradoras e por produtores de soja

William Martins Lopes (Foto: Facebook)
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O grileiro e advogado bolsonarista William Martins Lopes, representante do agronegócio, foi acusado por diversas comunidades do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande, no Pará, um dos maiores do Brasil, de tentar extorquir os assentados com documentos falsos.

Para extorquir os assentados, o advogado costuma estabelecer o valor de R$ 2,4 mil para prestação de serviços como “deixar a condição de assentado do Incra, deixar a condição de sindicalizado do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR), promover a titularização de sua posse, todas as medida (sic), deverão ser tomadas, extrajudicial e judicialmente”. Ou seja, acabar com a condição de assentados.

Segundo reportagem de Julia Dolce, no De Olho nos Ruralistas, há um interesse de mineradoras pelo local, assim como para a produção de soja. O assentamento soma cerca de 253 mil hectares de extensão.

No dia 7 de abril, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a viajar ao local para vistoriar os 204 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendidos pela Polícia Federal em dezembro. O ministro relativizou a apreensão, dizendo que seria possível liberar parte da madeira.

Confira a reportagem completa no De Olho nos Ruralistas