Análises apontam contaminação de 32 lotes de cervejas da Backer

O Ministério da Agricultura também está investigando a presença de monoetilenoglicol, substância tóxica que pode causar síndrome nefrorena, em gim e uísque produzidos pela Backer

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Mais 11 novos lotes de cervejas produzidas pela Backer estão contaminados, segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com isso, sobe para 32 o número de lotes em que foi encontrada a substância dietilenoglicol, tóxica ao corpo humano. Dos lotes contaminados, 23 são da cerveja Belorizontina, e o restante, de nove outras marcas da Backer. Com o novo número encontrado, entram na lista de rótulos com lotes contaminados a Corleone e a Backer Trigo. Os laboratórios federais de Defesa Agropecuária realizam as análises e também está sendo investigada a presença desubstâncias em gim e uísque produzidos pela Backer. Segundo a fábrica, a água utilizada nesses produtos não é a mesma da cerveja. Ela seria adicionada fora da fábrica, por um fornecedor, no caso do gim. Já o uísque teria sido engarrafado em julho de 2018, e entrado no barril cinco anos antes. A Backer admite a utilização de monoetilenoglicol como anticongelante, mas nega a utilização de dietilenoglicol, substância que está sendo investigada por causar intoxicação. A polícia recebeu notificação de 19 casos de intoxicação pela substância, com quatro mortes, da qual uma já foi confirmada como causada por intoxicação. A Backer enviou à polícia um vídeo que provaria a adulteração do monoetilenoglicol pelo fornecedor, a distribuidora Imperquímica, que funcionava sem alvará e foi interditada. "A gente não sabia, tinha imaginado que fracionamento necessitava de alvará, por isso que a vigilância sanitária diz que precisa regularizar na segunda feira para fracionar os produtos", afirmou o advogado da companhia, Mario Saveri, ao G1. A polícia ainda está investigando o material.