Após defender Temer, Segovia é acusado de ferir código de ética da PF

Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (APDF), Edvandir Felix de Paiva, criticou as declarações do diretor da PF

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[caption id="attachment_125625" align="aligncenter" width="1024"] Segovia pode ser alvo de uma ação popular, por iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para pedir seu afastamento Foto: Reprodução/YouTube[/caption] Continuam repercutindo as declarações do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, que, em entrevista concedida à Reuters, disse que não há indícios que incriminem Michel Temer em inquérito aberto para investigar irregularidades no Decreto dos Portos. As reações são inúmeras, dentro e fora da corporação. Na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (APDF), Edvandir Felix de Paiva, Segovia pode ter violado o código de ética da PF. Em paralelo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz oposição ao governo federal, avalia entrar com uma ação popular na Justiça Federal de Brasília para pedir o afastamento do delegado do cargo.  As informações são de André de Souza, de O Globo. O código de ética da PF é de 2015 e veda algumas condutas dos integrantes da instituição. Um policial federal, por exemplo, é proibido de “utilizar-se de informações privilegiadas, de que tenha conhecimento em decorrência do cargo, função ou emprego que exerça, para influenciar decisões que possam vir a favorecer interesses próprios ou de terceiros”. Um policial também não pode “comentar com terceiros assuntos internos que envolvam informações sigilosas ou que possam vir a antecipar decisão ou ação do Departamento de Polícia Federal ou, ainda, comportamento do mercado”. É proibido ainda de “expor, publicamente, opinião sobre a honorabilidade e o desempenho funcional de outro agente público” e de “conceder entrevista à imprensa, em desacordo com os normativos internos”. Durante a entrevista à agência de notícias, Segovia disse que até o momento não há indício de crime e afirmou que o delegado Cleyber Malta Lopes, à frente do inquérito, poderia até ser punido pela forma como fez 50 perguntas ao presidente, caso a defesa de Temer formalize uma reclamação.