Após denúncia de tortura, defesa de Rodrigo Pilha apresenta pedido de proteção

"Nós não estamos em ambiente de normalidade institucional. Esse alarme tem que tocar", disse o advogado

Foto: Agência PT
Escrito en BRASIL el

Os advogados do militante Rodrigo Pilha, preso no dia 18 de março com base na Lei de Segurança Nacional após participar de manifestação política contra o presidente Jair Bolsonaro, devem apresentar na segunda-feira (3) um pedido na Vara de Execuções Penais (VEP) para que ele tenha a integridade garantida na prisão.

O pedido ocorre após reportagem da Fórum informar que Pilha sofreu agressões e outros tipos de tortura no presídio da Papuda, no Distrito Federal, incluindo chutes, pontapés e murros por parte de agentes penais enquanto era chamado de "petista safado".

O advogado Thiago Turbay disse ao UOL que a defesa também espera que o pedido de habeas corpus de Pilha seja aceito. "O episódio mostra que nós não estamos em ambiente de normalidade institucional. Esse alarme tem que tocar", alerta Turbay.

"É o momento em que os muros da democracia devem ser reforçados. O que aconteceu com o Pilha nos permite antever algo pior se não tomarmos uma providência. Não se trata de defender uma pessoa, mas de defender a sociedade", completa.

A Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) solicitou, na sexta-feira (30), que o Ministério Público do Distrito Federal instaure uma investigação imediata da denúncia de tortura. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também decidiu acionar os órgãos competentes para apurar as denúncias.