Quase dois anos após o início da pandemia no Brasil, a história se repete. Com o crescimento no número dos casos de Covid-19 e o consequente aumento na demanda da rede pública, a Prefeitura de São Paulo informou, neste sábado (15), que vai priorizar a testagem do coronavírus e da Influenza para pessoas do grupo de risco.
De acordo com a gestão municipal, o diagnóstico para o público geral será feito, já a partir de hoje, de forma clínica, ou seja, pela avaliação dos sintomas pelos profissionais de saúde.
A medida vale para unidades hospitalares, Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), AMA/UBS Integradas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e pronto socorros (PSs).
Pertencem ao grupo de risco pessoas não vacinadas ou com apenas uma dose de vacina; gestantes e puérperas; indivíduos com comorbidades; profissionais de saúde e população em situação de rua.
A nova determinação lembra o início da pandemia, quando não havia testes suficientes e muitas pessoas eram mandadas para suas casas sem um diagnóstico correto da doença. A medida tem gerado críticas, principalmente porque o Brasil testa muito menos do que o recomendado.
Autotestes
Além disso, a autorização para o uso de autotestes, amplamente utilizados na Europa, se arrasta. Na última semana, o Ministério da Saúde pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que dê o aval para o uso deste tipo de exame.
No entanto, a agência adiantou que as regras atuais só permitem o registro de autoteste caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecida pelo ministério.
Uma das preocupações é que, como estamos numa pandemia, é fundamental que todos os resultados sejam comunicados oficialmente. E com o autoteste, esse controle fica mais difícil.