Bolsonaristas fecham rua da Câmara Municipal de SP em ato contra a quarentena: "Libera a cloroquina"

Manifestantes, que se abraçam e se aglomeram sem usar máscaras, receberam ajuda da Polícia Militar para fechar uma rua no centro da capital paulista em um ato contra o governador João Doria e o prefeito Bruno Covas, e em apoio a Bolsonaro

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Com faixas de "queremos trabalhar", camisetas verde e amarela e palavras de ordem contra o governador João Doria e o prefeito Bruno Covas, bolsonaristas ignoraram as medidas de isolamento social e se aglomeraram, na tarde desta terça-feira (26), em frente a Câmara Municipal de São Paulo, na região central da capital, em um ato contra a quarentena.

A maioria dos manifestantes estava sem máscaras e tiravam fotografias abraçados. Eles ainda receberam ajuda da Polícia Militar que, com uma viatura, bloqueou o trânsito na via em que os participantes do ato estavam aglomerados.

Foto: Giovanna Gobbi

Uma das faixas estendidas pelos manifestantes chamava Doria de "genocida" e continha a frase: "Libera a cloroquina para o povo viver".

Defendida por Jair Bolsonaro, a cloroquina não teve sua eficácia contra a Covid-19 comprovada por estudos científicos e a Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu os testes com a substância pelos efeitos colaterais perigosos que ela causa.

A aglomeração de manifestantes anti-quarentena acontece em meio à escalada de casos e mortes causadas pela Covid-19 no país. Nesta segunda-feira (25), o Brasil passou os Estados Unidos, até então considerado o atual epicentro da pandemia, no número de mortes diárias.

O estado de São Paulo, por sua vez, segue sendo onde está concentrado o maior número de casos e óbitos em decorrência da Covid-19 no Brasil.