Bolsonaro expressa frieza com morte de João Gilberto: "Uma pessoa conhecida"

Alheio ao Brasil e ao mundo, o presidente não prestou nenhuma condolência pela morte do pai da bossa nova em suas redes sociais e, pressionado, se limitou a dizer que João Gilberto era "uma pessoa conhecida"; em junho, Bolsonaro prestou contundente homenagem a MC Reaça, cantor que espancou a mulher grávida e se matou na sequência

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro não escreveu sequer uma linha em suas redes sociais - sua principal ferramenta de comunicação - para prestar condolências pela morte do cantor e compositor João Gilberto, considerado o pai da bossa nova e um dos maiores artistas do Brasil e do mundo. Até às 22h deste sábado (6), o capitão da reserva não havia se pronunciado sobre o assunto e só o fez quando foi pressionado por jornalistas. Ainda assim, poupou as palavras. "Uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família, tá ok?" , afirmou. A rasa declaração de Bolsonaro contrasta com a repercussão da morte de João Gilberto, que foi e ainda é destaque, neste domingo (7), nos principais jornais do Brasil e do mundo. Homenagem a espancador  Se para a morte de João Gilberto o presidente Jair Bolsonaro poupou as palavras, o falecimento de MC Reaça, no início de junho, causou grande comoção no capitão da reserva. O cantor, conhecido por suas letras de fuck preconceituosas e machistas, espancou a namorada que estava grávida e se matou na sequência. Bolsonaro, então, prestou uma homenagem ao cantor sem fazer qualquer menção à jovem grávida que foi espancada. "Tales Volpi, conhecido como Mc Reaça, nos deixou no dia de ontem. Tinha o sonho de mudar o país e apostou em meu nome por meio de seu grande talento. Será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil. Que Deus o conforte juntamente com seus familiares e amigos", escreveu à época.