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Seguindo os mesmos parâmetros da ação realizada nesta semana na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, a Polícia Militar de Wilson Witzel ataca novamente o Complexo do Alemão e da Penha nesta quarta (18). A comunidade sofre com intensos tiroteios vindos de helicópteros da PM, e escolas tiveram que cancelar suas aulas. No Twitter, o ex-candidato à presidência, Guilherme Boulos (PSOL), chama a ação de "política de extermínio".
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"Helicóptero do governador do RJ sobrevoa agora e atira em direção ao Complexo do Alemão, onde vivem mais de 70 mil pessoas. 881 pessoas já foram mortas por policiais nos 6 primeiros meses do ano no RJ", lembrou Boulos. De acordo com moradores da região, que relatam a ação nas redes sociais, três pessoas foram agredidas e duas foram mortas.
Ainda, pelo menos 14 creches e escolas da região tiveram as aulas suspensas. Algumas áreas da favela ficaram sem luz, pois os tiros acertaram transformadores de energia elétrica.
Raull Santiago, escritor, ativista de direitos humanos e morador do Complexo, disse que a operação começou por volta das 6h da manhã na região, com presença de helicópteros, cerca de quatro carros blindados - os "caveirões" - e muitos tiros. Santiago também contou que a polícia invadiu casas de moradores para realizar revista.
"Pessoas feridas de todos os lados e meio da ideia de uma 'guerra às drogas' que na sua prática é controle violento da pobreza e segregação de territórios específicos. O que mudará na realidade da cidade? Do estado? Do país? Nada", escreveu Santiago.
Confira vídeos de moradores que mostram a situação no Complexo:
https://twitter.com/vozdacomunidade/status/1174285213863747584
https://twitter.com/raullsantiago/status/1174265720496111616
https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1174301293084647425
https://twitter.com/vozdacomunidade/status/1174255650433634304