Braço direito de Moro, ex-diretor da PF sai da “geladeira” para estudar nos EUA

Maurício Valeixo, que foi superintendente da Polícia Federal durante a Lava Jato, estava em Curitiba, sem função, desde que saiu da direção da instituição, em abril de 2020

Sergio Moro, Bolsonaro e Maurício Valeixo - Foto: Ministério da Justiça
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O atual diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Maiurino, resolveu tirar da “geladeira” seu antecessor, Maurício Valeixo. O ex-comandante da PF foi braço direito de Sergio Moro, quando o ex-juiz era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Maiurino decidiu que Valeixo vai para Washington, com o objetivo de cursar mestrado no Colégio Interamericano de Defesa da Organização dos Estados Americanos (OEA). A previsão é que ele permaneça dois anos na capital estadunidense.

O braço direito de Moro estava em Curitiba, sem função, desde que saiu da direção da PF, em abril de 2020, de acordo com informações do blog de Lauro Jardim, em O Globo.

Ele havia sido indicado para ser adido na embaixada do Brasil em Lisboa, Portugal, em 2021. Porém, a burocracia não andou na Casa Civil.

A nomeação foi um compromisso assumido por Maiurino com Valeixo, logo depois da troca de função.

Ex-diretor da PF foi “fritado” por Bolsonaro

Pivô do pedido de demissão de Moro do Ministério da Justiça, quando o ex-juiz da Lava Jato foi alçado a novo inimigo da horda bolsonarista, Valeixo entrou em um processo de “fritura a fogo baixo” por Jair Bolsonaro.

Desde que deixou a direção da PF, o amigo de Moro, que atuou como superintendente da corporação em Curitiba durante a Lava Jato, aguardava sua nomeação para a função de adido em Portugal, o que acabou não ocorrendo.

Queda de Valeixo mostrou intromissão de Bolsonaro na PF

A saída de Valeixo do comando da PF mostrou que, de fato, Bolsonaro interferiu na instituição. Mensagens enviadas pelo presidente ao então ministro Moro comprovam o fato.

Moro, Valeixo sai esta semana”, escreveu Bolsonaro. “Está decidido”, afirmou o presidente, em outra mensagem, enviada na sequência. E encerrou: “Você pode dizer apenas a forma. A pedido ou ex oficio (sic)”.