CNN noticia que delegada não viu racismo no caso João Alberto e apaga tuíte com vídeo

"Ele gritava que não conseguia respirar", diz amigo do homem negro morto por seguranças brancos do Carrefour

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A CNN Brasil noticiou nesta sexta-feira (20) que a delegada Roberta Bertoldo, do 2º Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou não existir "indícios de racismo" no assassinato de João Alberto em Porto Alegre. O vídeo com a declaração da delegada, no entanto, foi deletado do Twitter da emissora.

Roberta Bertoldo também afirmou que, de acordo com análise preliminar da perícia, João Alberto morreu por asfixia ou ataque cardíaco.

“Foi verificado junto à perícia que provavelmente ele tenha morrido por asfixia ou ataque cardíaco. O dois seguranças que agrediram ficaram em cima dele, aquilo dificultou a respiração dele", afirmou.

Os dois principais seguranças que atuaram no assassinato de João Alberto, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram presos em flagrante. Um deles é policial militar temporário e outro é segurança da loja.

"Gritava que não conseguia respirar"

Um amigo de João Alberto relatou que o homem "gritava que não conseguia respirar" enquanto era espancado pelos seguranças. A cena se assemelha ao caso de Goerge Floyd, nos Estados Unidos.

"Aquele vídeo ali, cara, mostra toda a agressão que ele teve antes de vir a óbito. Além de agredirem ele, deram um mata-leão nele, asfixiaram ele, pessoal pedindo para largarem ele, para deixar ele pra respirar, porque ele gritava que não conseguia respirar, eles não largaram, quando largaram ele já estava roxo, já estava sem respirar", diz Paulão Paquetá, amigo da vítima.

Paquetá diz que, quando chegou ao local, João Alberto já estava sendo agredido. "[Cheguei] na hora que estavam agredindo. Eles já tinham tomado o celular dos motoboys. A gente não conseguiu filmar. Era muito segurança", afirma. As informações são do G1.

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