Com o apoio de Suplicy, bloco da Cracolândia desafia PM e coloca o cortejo na rua

Organizadores do Blocolândia, formado por dependentes químicos e trabalhadores da região da Cracolândia, não acataram a proibição de última hora imposta pela prefeitura de São Paulo e PM

Reprodução/Facebook
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Os organizadores do Blocolândia, bloco composto por dependentes e ex-dependentes químicos, além de trabalhadores e servidores da prefeitura e governo de São Paulo que atuam na região da Cracolândia, não acataram a proibição de última hora da prefeitura e da Polícia Militar e colocaram o cortejo na rua na tarde desta sexta-feira (21).

O vereador Eduardo Suplicy (PT) já havia cobrado o governador João Doria para que ele revertesse a decisão da PM de cancelar a autorização para a realização do bloco e anunciou que estaria no local para garantir a realização do evento. E assim o fez. Ele se juntou aos dependentes químicos e registrou tudo em uma transmissão ao vivo pelo Facebook.

Mais de 100 pessoas acompanharam o cortejo.

Mais cedo, Raphael Escobar, um dos organizadores do bloco, garantiu que o cortejo seria realizado mesmo com a proibição.

“É a hora que a Cracolândia sai para andar no território da Luz, passa na frente aos vizinhos que normalmente acham que eles têm que sair de lá, e os vizinhos dançam com eles. Passa na frente dos centros culturais do território, que normalmente não deixam eles entrarem. É o momento que todo mundo esquece que eles são usuários de crack. Todo mundo deixa de falar sobre o crack e fala das qualidades que essa galera tem. São as outras histórias sendo contadas que não são as do crack”, afirmou.