O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, pediu autorização para a Polícia Militar do Rio de Janeiro para adquirir e portar uma arma de fogo. O ex-PM está solto desde março, quando a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu revogar a prisão domiciliar dele e da esposa, Márcia Aguiar.
Há duas semanas, segundo informações da CNN Brasil, Queiroz recebeu aprovação sem ressalvas da Junta Ordinária de Inspeção de Saúde. O procedimento padrão é feito pela PM para avaliar se policiais estão aptos a portar uma arma.
Contudo, no pedido de prisão contra Queiroz, em junho do ano passado, o Ministério Público destacou que o ex-assessor possui “alta periculosidade” e “capacidade técnica para o emprego de armas de fogo, além de histórico de mortes violentas”. Os promotores sublinham ainda a existência de investigações sobre o policial reformado e seu “domínio no manuseio de armas de fogo” e sua “índole violenta”.
Na época, Queiroz, Flávio Bolsonaro e outras 15 pessoas foram denunciadas pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O MP acusa o senador de desviar mais de R$ 6 milhões no esquema de "rachadinhas" no antigo gabinete do filho do presidente.
Foto na praia
O ex-policial também está aproveitando a liberdade para curtir a praia, em meio à pandemia, e divulgar atos antidemocráticos promovidos por bolsonaristas.
No último sábado (1º), ele fez postagens em seu Instagram, que é fechado para amigos, em que aparece correndo em praia no Rio de Janeiro e reproduzindo o slogan de campanha de Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.