Delegado aponta que a cada dois dias uma pessoa desaparece por ação de milícias no Rio

Em apenas um ano, investigações das DHs e do Ministério Público estadual encontraram seis cemitérios ilegais

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
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O delegado Antônio Ricardo Nunes, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Rio de Janeiro, acredita que as milícias desaparecem com uma pessoa a cada dois dias nos 18 municípios da Região Metropolitana cobertos pelas delegacias de homicídios. Esse número representa de 5% a 10% do total de desaparecimentos nessas cidades, de acordo com reportagem e O Globo.

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Em apenas um ano, investigações das DHs e do Ministério Público estadual (MP-RJ) encontraram seis cemitérios ilegais, sendo dois em Itaboraí, dois em Queimados, um em Belford Roxo e outro em Itaguaí. Foram encontrados 45 corpos ou ossadas. Recentemente, essas regiões eram conhecidas por serem calmas, quase rurais. No entanto, com a chegada do tráfico de drogas, tudo mudou. “Disco voador” O domínio do grupo paramilitar ligado a Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que está preso, implantou o terror. De tão cruel, a milícia local ficou conhecida como “disco voador”, por desaparecer com suas vítimas. O promotor Rômulo Santos Silva, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), acredita que, somente em Itaboraí, deve haver 50 corpos a serem resgatados. Se somados aos desaparecidos da milícia em Queimados e Itaguaí, o número sobe para cerca de 200.