Eduardo Bolsonaro divulga vídeo de criança armada no mesmo dia em que PM assassina menina de 8 anos

O aspirante a embaixador do Brasil nos EUA escolheu o dia em que uma menina de 8 anos foi assassinada pela PM no Rio de Janeiro para compartilhar um vídeo de uma criança - praticamente um bebê - brincando de arma com seu pai

Reprodução/Twitter
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Em meio ao silêncio do presidente Jair Bolsonaro e do governador Wilson Witzel com relação ao assassinato de Agatha Félix, menina de apenas 8 anos que foi alvo de um disparo de fuzil por parte da Polícia Militar no Complexo do Alemão (RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) resolveu falar de armas e crianças, mas não exatamente em uma crítica ao assassinato de Agatha. O aspirante a embaixador compartilhou na manhã deste sábado (21), em seu Twitter, um vídeo em que um homem aparece brincando de arma com uma criança - praticamente um bebê. "Verdade, quando criança também brinquei de polícia e ladrão e não virei bandido. Como diz o Padre Paulo Ricardo temos que ensinar nossos filhos a serem guerreiros do bem", escreveu, sem qualquer sensibilidade, o filho de Bolsonaro. Revolta A morte de Agatha se soma às inúmeras outras mortes, principalmente de negros e pobres moradores de comunidades, que vêm aumentando desde que Wilson Witzel assumiu como governador do Rio de Janeiro. Witzel é entusiasta de uma política de segurança agressiva, e causou polêmica ainda no ano passado, quando disse que a polícia sob seu comando vai “mirar na cabecinha e fogo”. Ele já chegou, inclusive, a lamentar por não poder disparar mísseis em comunidades do Rio. Assim como na quinta-feira (18), quando internautas subiram a tag #WitzelAssassino depois de uma operação policial em que um helicóptero disparou contra moradias e, inclusive, contra uma escola municipal no Complexo do Alemão, usuários das redes sociais atribuíram a morte da criança à política de extermínio do governador com a tag #ACulpaEdoWitzel. A hashtag chegou ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter do Brasil. Confira, abaixo, parte da repercussão. Além da mobilização virtual, moradores do Complexo do Alemão tomara as ruas em protesto contra a política genocida de segurança do atual governo estadual do Rio de Janeiro.