Em carta a Gilmar Mendes, detenta diz que não é presa da Lava Jato, mas pede habeas corpus

Sem recursos para pagar advogado, Rosa Maria da Conceição, condenada por tráfico de drogas em Brasília, escreveu para o ministro do Supremo Tribunal Federal

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[caption id="attachment_126088" align="aligncenter" width="748"] O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, recebeu cartas de uma detenta, que relatou seu caso e pediu ajuda - Foto: Divulgação[/caption] Conhecido, entre outras características, por mandar soltar 16 alvos de desdobramentos da Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, tem recebido cartas de uma detenta da cela 04 do Presídio Feminino de Brasília, que pede a ele que lhe conceda um habeas corpus. As mensagens, escritas de próprio punho, são direcionadas ao STF. As informações são do blog de Fausto Macedo e de Luiz Vassalo, do Estado de S.Paulo. Condenada por tráfico de drogas e sem recursos para pagar um advogado, Rosa Maria da Conceição apela a Gilmar em uma das cartas: “Não sou uma presa importante da Lava Jato, mas gostaria muito que o senhor me concedesse um HC”. Rosa Maria afirma que assiste a “todas as entrevistas” do ministro pela televisão. “O senhor é um homem muito justo (…) Sei que sou uma presa sem nenhuma importância, mas peço ao senhor uma oportunidade de sair e cuidar dos meus filhos”, diz a detenta, em uma das correspondências. De acordo com Rosa Maria, sua filha passa por “problemas psicológicos”. “O pai dos meus filhos é falecido e a situação fica mais difícil para eles e para mim (…) Fico no aguardo de uma resposta positiva”. Conforme a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do Distrito Federal, Rosa Maria divide a cela com outras 11 internas e “não faz parte das atribuições da Gerência de Análise Jurídica, responsável por acompanhar a execução da pena de cada interno de Execuções Penais sobre o cumprimento dessa pena, ajudar a pessoa que cumpre pena a escrever habeas corpus”.