Em Goiás, crianças de escola militar são obrigadas a ficar nuas durante revista

Por suspeita de que um aluno estaria envolvido com tráfico de drogas, estudantes foram obrigados a se submeter à revista íntima na frente de policiais

Foto: CEPMG Perillo/Facebook
Escrito en BRASIL el
O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) está investigando denúncia de um grupo de pais, sobre uma revista íntima feita em cerca de 40 alunas e alunos de uma escola militar, que fica no município de Goiás, a 130 quilômetros da capital Goiânia. De acordo com a denúncia, os alunos foram obrigados a ficar nus para que policiais militares fizessem o que eles chamavam de inspeção. Em média, os estudantes têm 14 anos. O MPGO destacou que está esperando informações do Conselho Tutelar, que também foi procurado pelo grupo de pais, para dar seguimento ao caso. Depois que a situação veio a público, a Polícia Militar de Goiás afastou o diretor e dois PMs. A revista íntima aconteceu após a suspeita de que um aluno estaria envolvido com tráfico de drogas. Estudantes do 9º ano foram encaminhados ao banheiro, onde, na frente de um policial, tiveram que se despir totalmente. No caso das meninas, o procedimento foi realizado por uma policial militar e elas foram obrigadas a se agachar cinco vezes. “Foi muito constrangedor, um momento de muito desconforto. Ficar pelada na frente de um adulto, que você não conhece”, descreveu uma aluna. “Eu não quero ir para a escola mais, pela vergonha que passei”, disse outra, em depoimentos à TV Anhanguera. Autoridades competentes “Nessas situações, a escola deve buscar auxílio das autoridades competentes. Se for caso de tráfico de drogas, encaminhar a denúncia para a delegacia competente. Se houver suspeita de que alunos estão envolvidos com drogas, comunicar à família e ao Conselho Tutelar, para que juntos possam buscar os serviços de atendimentos”, destaca Raquel Fuzaro, vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional DF (OAB/DF). Com informações do Correio Braziliense