Em greve, docentes de Salvador são agredidos por guarda municipal de ACM

Em greve há 28 dias, os professores municipais de Salvador pretendiam ocupar o prédio da Secretaria de Educação e foram impedidos de adentrar o prédio pela Guarda Municipal

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Professores da rede municipal de Salvador foram agredidos pela Guarda Municipal da Prefeitura da capital baiana na manhã desta terça (7) durante protesto na avenida Anita Garibaldi, no bairro Ondina. Em greve há 28 dias, os professores pretendiam ocupar o prédio da Secretaria de Educação e foram impedidos de adentrar o prédio pela Guarda Municipal. Elza Melo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), diz que a ação da Guarda Municipal "é prova da truculência do Executivo Municipal de Salvador, liderado pelo prefeito ACM Neto". Os professores foram recebidos com spray de pimenta, gás lacrimogêneo, balas de borracha e tiveram armas letais apontadas contra suas cabeças", relata a diretora. Os professores tinham como reivindicação inicial um reajuste salarial de 12,5% e a prefeitura oferecia 2,5%. Os docentes reduziram o pedido para 6,5%. No entanto, segundo a diretora do Sindicato, o prefeito continua impassível e se recusa a receber os docentes: "O prefeito mantém a intransigência e diz que só receberá os professores caso a greve seja encerrada". Ainda segundo Elza, a postura do prefeito dificulta as negociações pois a categoria tentou negociar com a administração antes de paralisar as atividades: "Enviamos a proposta à Secretaria de Educação em 3 de abril e só entramos em greve apenas em 11 de julho". Além do reajuste, os professores pedem que a prefeitura reveja o nível dos docentes na carreira: "Estamos há quatro anos sem mobilidade na carreira", critica a diretora. A categoria volta a se reunir em mais uma assembleia para discutir o rumo das negociações, na quinta-feira (9), na quadra do Sindicato dos Bancários. Veja abaixo o vídeo da ação da Guarda Municipal contra os professores da capital baiana: