Empresa acusada de vazar óleo no litoral do Nordeste diz que embarcação nem estava no Brasil

A embarcação apontada como possível responsável pela tragédia estava na Índia entre julho e agosto deste ano

Foto: Lapis
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A empresa Sanibel Shiptrade proprietária do navio-tanque Voyager I, que foi apontado como um dos possíveis responsáveis pelo vazamento do óleo que atingiu o litoral do Nordeste, declarou em nota enviada à Fórum nesta terça-feira (26) que a embarcação estava na Índia no período em que teria ocorrido o derramamento. "A Sanibel Shiptrade possui evidências independentes de que o navio-tanque Voyager I esteve no Terminal de Petróleo Vadinar em Gujarate, na Índia, entre 20 de junho de 2019 e 21 de agosto do mesmo ano, data em que deixou o local com destino a Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos. A localização da embarcação é confirmada por imagens de satélite, documentação do porto e declarações de agentes locais", diz trecho da nota. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal do Alagoas (UFAL), foi quem apontou o possível envolvimento da embarcação na tragédia. Confira a nota na íntegra: Ontem (21 de novembro de 2019), o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) apontou na audiência do Senado Federal brasileiro possível associação entre o navio-tanque Voyager I (IMO 9233789), de propriedade da Sanibel Shiptrade Ltd, e o surgimento de óleo na costa do Brasil em julho de 2019. A Sanibel Shiptrade possui evidências independentes de que o navio-tanque Voyager I esteve no Terminal de Petróleo Vadinar em Gujarate, na Índia, entre 20 de junho de 2019 e 21 de agosto do mesmo ano, data em que deixou o local com destino a Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos. A localização da embarcação é confirmada por imagens de satélite, documentação do porto e declarações de agentes locais. As evidências apresentadas pelo Lapis, na audiência do Senado ontem (21 de novembro), documentaram a primeira aparição de manchas de óleo na costa do Brasil em 19 de julho, a mais de 11.000 km da localização da Voyager I naquele momento. A Sanibel Shiptrade trabalhará com as autoridades brasileiras para refutar rapidamente as alegações feitas com base em evidências incompletas.