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A cada mês, o desmatamento na Amazônia vem batendo recordes e superando marcas dos anos anteriores. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro protagoniza conflitos com líderes globais e assiste "Chaves", segundo ele, seu programa preferido.
Agosto, mês marcado pela insatisfação nacional e global com as políticas ambientais de Bolsonaro, registrou um território desmatado de 1.698 quilômetros quadrados, quatro vezes mais do que os 526 km² registrados no mesmo período em 2018.
Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mesmo com a demissão do ex-diretor Ricardo Galvão, segue apontado uma grande alta na devastação da Floresta Amazônica. O crescimento é um pouco inferior ao de julho, que registrou uma subida de 278%, mas segue ainda muito acima do crescimento de junho, de 90%.
Em um comparativo com o período de janeiro a agosto do ano passado, houve um crescimento de quase o dobro de desmatamento, cerca de 92%. No último ano a extensão foi de 3.337 km² entre janeiro e agosto, enquanto em 2019 a floresta perdeu 6.404 km².
O número de focos de queimadas, que ganhou repercussão mundial, disparou e superou os últimos 8 anos, com 30.901 pontos de fogo. Desde agosto de 2010 não se via um número tão alto de queimadas. Em 2018, o mês registrou 10.421 focos, cerca de um terço do que apontam os números deste ano.
Desde o início do ano já foram registrados 46.825 focos de incêndio na Amazônia, mais do que o dobro do que o mesmo período no ano passado, que marcou 22.165 pontos de fogo.