Escolas estaduais da Baixada Santista decidem adesão ao modelo militar de Bolsonaro

No entanto, a Secretaria de Educação de São Paulo afirmou que “qualquer consulta às escolas relacionada ao tema não partiu nem foi orientada”

Modelo cívico-militar implantado em escola pública do Distrito Federal - Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Escolas da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, estão promovendo votações para decidir se aderem ao projeto de educação militar proposto pelo governo Jair Bolsonaro (PSL). Houve decisões em ao menos sete colégios, nos municípios de Bertioga, Guarujá e Santos. Em quatro, os conselhos de escola votaram contra, e em três, a favor. Informações são de Angela Pinho, da Folha de S.Paulo. Embora as escolas sejam da rede estadual, o governador João Doria (PSDB) afirmou que a iniciativa não partiu da Secretaria da Educação, comandada por Rossieli Soares. O governador de São Paulo tem procurado se distanciar da imagem de Bolsonaro, pois os dois devem ser adversários na eleição presidencial de 2022. As votações ocorreram após o envio aos colégios de uma mensagem assinada pelo dirigente regional de ensino de Santos, João Bosco Arantes Braga Guimarães. O texto diz: “Considerando a proposta do MEC para a implantação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, solicitamos que todas as nossas unidades escolares circunscricionadas realizem a discussão sobre a intenção de adesão com a comunidade”. De acordo com a direção regional de ensino de Santos, o prazo para aderir ao projeto do governo federal se encerraria nesta sexta-feira (27). No entanto, a Secretaria da Educação afirma que “qualquer consulta às escolas relacionada ao tema não partiu nem foi orientada” pela pasta, “que ainda busca informações junto ao MEC sobre o programa”.