Esquerda do Rio se une contra prisões arbitrárias

Senador e candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL)o antropólogo Luiz Eduardo Soares entre outras importantes figuras da esquerda carioca lançam manifesto condenando o que chamam de "derrota da democracia e da Constituição"

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Senador e candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), o antropólogo Luiz Eduardo Soares, entre outras importantes figuras da esquerda carioca lançam manifesto condenando o que chamam de "derrota da democracia e da Constituição" Por Redação Importantes figuras da esquerda carioca se uniram e divulgaram um manifesto condenando a prisão de 17 manifestantes no último sábado (12), no Rio de Janeiro. O documento é assinado pelo senador e candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT), pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), pelos deputados federais Chico Alencar (PSOL) e Jean Wyllys (PSOL), além do antropólogo Luiz Eduardo Soares, entre outros. "No Rio de Janeiro, por razões políticas, 17 pessoas foram presas, com base em mandados de prisão temporária, e dois menores foram apreendidos. Um representante do poder judiciário viabilizou a ação policial, evidenciando mobilização orquestrada com participação governamental", afirma o documento. Confira a íntegra do texto: Sob a alegação de que os manifestantes teriam se envolvidos com casos de vandalismo desde junho do ano passado, a Polícia Civil, com mandados expedidos pela 27º Vara Criminal prendeu os ativistas.  Enquanto os brasileiros sofrem com a derrota da seleção, um resultado muito mais grave está sendo engendrado: a derrota da democracia e da Constituição. No Rio de Janeiro, por razões políticas, 17 pessoas foram presas, com base em mandados de prisão temporária, e dois menores foram apreendidos. Um representante do poder judiciário viabilizou a ação policial, evidenciando mobilização orquestrada com participação governamental. A operação foi justificada para prevenir ações que pudessem perturbar a ordem pública no dia da decisão da Copa do Mundo. Por esse motivo os advogados têm tido dificuldade em conhecer a substância de cada acusação: tudo foi feito para impedir que os presos se beneficiassem de Habeas Corpus antes de domingo. O chefe da polícia civil tem deixado claro, em seus pronunciamentos, que as prisões visam prevenir possíveis ações. Estamos diante de uma arbitrariedade inaceitável, que agride o Estado democrático de direito.  As prisões constituem ato eminentemente político e criam perigoso precedente: a privação da liberdade individual passa a ser objeto de decisão fundada em previsões e no cálculo relativo ao interesse dos poderes do Estado. Foram golpeados direitos elementares individuais e de livre manifestação. Conclamamos todos os cidadãos comprometidos com os princípios democráticos, independentemente de ideologias ou filiações partidárias, a unirem-se contra o arbítrio e a violência do Estado, perpetrada, ironicamente, sob a falsa justificativa de evitar a violência. Marcelo Freixo Jean Wyllys Tarcísio Motta Lindberg Farias Chico Alencar Luiz Eduardo Soares Eliomar Coelho