As parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial durante a pandemia, assim como a ampliação do Bolsa Família, conseguiram amenizar em 2% a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A estimativa faz parte de um estudo da Universidade Federal Rural do Rio (UFRRJ).
A projeção tomou por base dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que apontavam que o PIB brasileiro seria 7,5% menor em comparação com 2019.
O professor da UFRRJ, Joilson Cabral, um dos quatro autores do estudo, afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico que programas de assistência social e com “alta propensão marginal a consumir” costumam contribuir para gerar um aumento instantâneo na demanda, principalmente de produtos essenciais.
De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, o auxílio emergencial representou mais de 93% da renda dos domicílios mais pobres do país durante a pandemia. Os recursos do auxílio e do Bolsa Família totalizaram, até 3 de julho, R$ 122,17 bilhões.