Uma ex-namorada do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), padrasto de Henry Borel, enviou um áudio ao pai do menino e relatou que a filha dela foi agredida pelo parlamentar quando tinha 4 anos. A mensagem foi divulgada na edição deste domingo (28) do Fantástico.
Henry foi levado já morto pelo vereador e a mãe do menino, a professora Monique Medeiros, a um hospital na Barra da Tijuca no último dia 8. A criança apresentava diversas lesões pelo corpo. A polícia investiga o caso.
"Hoje já se passaram quase... quase não, oito anos de tudo que aconteceu comigo. E eu nunca fiz nada, nem nunca procurei nada por medo. A verdade é essa. E esse medo, eu vou ser bem sincera, eu tenho até hoje. Hoje, nessa data de hoje, eu tenho medo de alguma coisa acontecer, por ele saber as coisas que eu sei, em relação a mim, que aconteceram comigo e com ele", diz a ex-namorada em áudio a Leniel Borel.
"Mas, assim, o que mais eu posso te falar é questão de você não desistir, sabe? De não se culpar, não se martirizar porque eu passo por isso todos os dias da minha vida, todos os dias, e por mais que a minha filha olhe no meu olho, como ela já olhou e disse pra mim: 'Você não teve culpa', eu sei, não adianta, é muito ruim", completa.
Segundo a mulher, a filha ficava nervosa, chorava e vomitava ao ver Jairinho. O relato é parecido com o depoimento dos pais de Henry, que contaram que o filho também vomitava e chorava ao voltar para casa da mãe, que morava desde o início do ano com Jairinho.
Em entrevista ao Fantástico, o advogado de Dr. Jairinho negou as acusações. "Jamais, jamais aconteceram (agressões). Esses episódios teriam acontecido há mais de uma década atrás e sem qualquer testemunha. O que a gente está tentando desmonstrar é, subjetivamente: o Jairinho não tem qualquer conduta violenta de agressão", afirma André França Barreto.
Por conta das acusações feitas pela ex-namorada de Jairinho, uma nova investigação foi aberta. A informação é do G1.