Ex-panicat diz que foi obrigada a fazer sexo oral em diretor do programa

Gabi Levinnt diz ter percebido que aquilo era uma coisa rotineira e que todas as meninas eram assediadas

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A ex-panicat Gabi Levinnt afirmou durante entrevista à coluna de Fábia Oliveira, do jornal O Dia, publicada nesta terça-feira (8), que sofreu assédios sexual e moral durante sua participação no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, além de ter presenciado situações desagradáveis com suas colegas de trabalhos.

Levinnt, que ficou na atração por quatro anos, conta que, durante um intervalo, um dos diretores a chamou para um local reservado e a obrigou a fazer sexo oral nele.

“Eu juro que achei que ele iria passar alguma coisa, uma dica ou me cobrar algo. Não levei na maldade mesmo, mas aí ele me agarrou e colocou o p** para fora. Praticamente me obrigou a fazer um bo***** e disse: 'se você quer aparecer mais, tem que colaborar'. Saí correndo, me mantive quieta o resto do dia e deixei para pensar o que iria fazer no dia seguinte”, conta.

Ela diz ter percebido que aquilo era uma coisa rotineira e que todas as meninas eram assediadas. “Das panicats mais famosas até as que só eram participantes de alguns quadros como eu era, todas eram assediadas sexualmente. Também fui vendo que as meninas que topavam 'colaborar' iam subindo, iam aparecendo mais nos programas, ganhavam destaques”, revela.

Além disso, Levinnt afirma que as panicats eram chamadas de p**** e vagabundas pelos diretores e pelos atores. “Diariamente. Os únicos que nos respeitavam eram o Carioca, Ceará e o Emílio. O resto nos xingava direito. Eu não ligava muito para os xingamentos e não me afetavam porque eu sabia que aqueles adjetivos não eram pra mim. O que me deixava irritada e possuída de ódio era ter que sair ou dar para alguém para ganhar um destaque no programa. Também não gostava quando passavam a mão na minha bunda. Era direto, eu ficava indignada.”

Ela conta que não denunciou porque precisava do trabalho. “O 'Pânico' não me dava dinheiro, mas me proporcionava fazer outros trabalhos fora da televisão como campanhas, desfiles para marcas, ensaios de biquíni e presenças vips e isso foi o que me tirou da pobreza. Eu sou de uma favela do Jardim Ângela, aqui de São Paulo, e consegui ganhar dinheiro com esses extras para sair de lá e poder ter uma vida melhor. Mas, quando eu saí do programa, eu briguei, xinguei e fiz um dossiê contando tudo que foi parar na direção. Soube que depois da minha última gravação, o 'Largadas e Peladas', algumas pessoas foram demitidas e dois meses depois o programa saiu do ar.”

Com informações da coluna de Fábia Oliveira, do jornal O Dia