Ex-Rota, sargento da PM cobrava até R$ 100 mil para assassinar desafetos do PCC

Sargento Farani Salvador Rocha Júnior, que está preso desde 1º de julho, é acusado de atuar como matador de aluguel do PCC em São Paulo

Sargento Farani Salvador Rocha Júnior, da PM de São Paulo (Reprodução)
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Preso desde 1º de julho pelo assassinato do cabo Wanderley Oliveira de Almeida Junior, de 38 anos, o sargento Farani Salvador Rocha Júnior, de 36 anos, receberia até R$ 100 mil para assassinar desafetos do Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo o Ministério Público de São Paulo.

Reportagem de Rogério Pagnan, na Folha de São Paulo nesta quinta-feira (13), revela que as suspeitas tiveram inicio na investigação do assassinato de Almeida Júnior, que foi morto em fevereiro quando fazia um bico de segurança em Itaquera, na Zona Leste.

O cabo teria dito a pessoas próximas que tinha medo de ser vítima de uma emboscada de Farani. “Me dá dor de barriga só de pensar. Esse cara é perigosíssimo”, disse ele em um áudio enviado a colegas dias antes de ser assassinado em emboscada armada pelo colega de farda.

Antes de morrer, o policial assassinado havia feito um dossiê com indícios de ligação de Farani com o crime organizado, onde ele atuaria como matador de aluguel do PCC.

Entre as execuções feitas pelo sargento a mando de chefões do PCC estaria a de Cláudio Roberto Ferreira, o Galo Cego, assassinado com 70 tiros de fuzil no interior de um Audi blindado, na zona Leste da capital, em 2018.

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