Exército se irrita com tentativa da PGR de rever a Lei da Anistia

Integrantes do alto escalão não gostaram nada do pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o Supremo volte a discutir o alcance da legislação

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[caption id="attachment_125695" align="aligncenter" width="800"] A procuradora Raquel Dodge ingressou no Supremo pedindo a retomada de ação contra os acusados de matar o ex-deputado Rubens Paiva. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Fotos Públicas[/caption] Um assunto praticamente proibido para as Forças Armadas voltou à tona. Causou muita irritação no alto-comando do Exército o pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o Supremo Tribuna Federal (STF) volte a discutir o alcance da Lei da Anistia, assunto considerado página virada pela força terrestre. As informações são da coluna do Estadão. A cúpula militar questiona os motivos de, em meio a tantos problemas no país, Dodge remexer em questão que já foi objeto de decisão do STF. Grupos de WhatsApp de militares estão fervilhando. O assunto entrará na pauta da reunião do alto-comando do Exército agendada para a próxima semana. A procuradora ingressou no Supremo pedindo a retomada de ação contra os acusados de matar o ex-deputado Rubens Paiva. Na ação, ela evoca “necessidade de reflexão da Lei da Anistia”. A cúpula do Exército avaliou que, ao provocar o debate, a procuradora “cria uma instabilidade desnecessária no momento em que o Brasil precisa de união”. A assessoria de Dodge diz que sua manifestação está nos autos.