Extermínio: Menina de 11 anos é baleada ao voltar da escola no Rio de Janeiro

Vitória Ferreira da Costa foi alvejada na perna enquanto voltava da escola, no Morro da Mineira, apenas três dias depois do assassinato da menina Ágatha, vítima de um tiro de fuzil

Parentes de jovens mortos pela violência policial fazem manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Rio (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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O extermínio de moradores de comunidades no Rio de Janeiro segue a todo o vapor. Apenas três dias após o assassinato de Ágatha Félix, de apenas 8 anos, no Morro do Alemão, mais uma criança foi baleada nesta terça-feira (24), desta vez no Morro da Mineira, região central da capital fluminense. De acordo com testemunhas, Vitória Ferreira da Costa, de apenas 11 anos, foi alvejada com um disparo que atingiu sua perna enquanto voltava da escola. Leia também “Dar tiro em favela é fácil, difícil é prender miliciano”, diz professor do RJ perseguido pela milícia A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que não houve operação policial na região no momento em que Vitória foi atingida, mas confirmou que a menina deu entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar e que, além dela, uma mulher também foi hospitalizada na mesma unidade vítima de um disparo de arma de fogo. O estado de saúde de ambas ainda é desconhecido. Também nesta terça-feira (24), relatos de moradores do Complexo do Alemão dão conta de mais um tiroteio na região. Extermínio  O caso da menina Vitória se soma a outros 16 casos de crianças, incluindo o de Ágatha, baleadas apenas este ano no Rio de Janeiro. Mais de 1000 outras mortes, principalmente de negros e pobres moradores de comunidades, foram registradas em 2019 em decorrência de operação policial. Elas vem aumentando desde que Wilson Witzel assumiu como governador do Rio de Janeiro. Witzel é entusiasta de uma política de segurança agressiva, e causou polêmica ainda no ano passado, quando disse que a polícia sob seu comando vai “mirar na cabecinha e fogo”. Ele já chegou, inclusive, a lamentar por não poder disparar mísseis em comunidades do Rio.