Fim do Mais Médicos pode provocar 100 mil mortes precoces no país

Conclusão é de dois estudos realizados pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, em colaboração com a Universidade Stanford, nos EUA, e do Imperial College, em Londres

Foto: Arison Jardim/ Secom
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O resultado das ações inconsequentes de Jair Bolsonaro e seu governo pode representar uma verdadeira tragédia de saúde pública no Brasil. Segundo dados de dois estudos realizados pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em colaboração com pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, e do Imperial College, em Londres, o país pode registrar 100 mil mortes consideradas evitáveis até 2030, em razão da eventual paralisação do programa Mais Médicos. Outro fator que pode colaborar para esse quadro assustador, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, é o congelamento de investimentos federais na atenção básica de saúde no país, com a chamada PEC de gastos. Projeção Um dos estudos avaliou dados de 5.507 municípios brasileiros, em uma projeção de 2017 até 2030. A pesquisa não inclui as mortes em pessoas maiores de 70 anos. Conforme indica o levantamento, as principais causas de óbitos seriam em consequência de doenças infecciosas e deficiências nutricionais. Um dos estudos foi publicado na BMC Medicine, uma das mais conceituadas revistas médicas do mundo.