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Um em cada 650 bebês nascidos no país tem o problema. Iniciativa arrecada fundos para auxiliar familiares e médicos com a produção de uma peça teatral e um livro
Da Redação
Vinte dias antes de lar à luz a Bento, hoje com 4 anos, Luiza Pannunzio recebeu o diagnóstico de que o bebê tinha uma fenda facial e palatina. “Foi muito difícil, sempre estamos esperando um bebê saudável e lindo”, conta. “Foi mais difícil ainda porque não tínhamos informação a respeito. Os médicos ao nosso redor também não tinham.”
Bento acabou passando por uma cirurgia precoce, não recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Desde então, já fez três cirurgias. E Luiza se tornou uma ativista para dar visibilidade e levar informação sobre a fissura labiopalatina (ou lábio leporino). Ela criou o movimento As Fissuradas, uma rede de apoio.
Agora Luiza, que é artista plástica, e a escritora e dramaturga Paula Autran, autora de A volta dos Mutantes, entre outros, lançam uma campanha de financiamento coletivo para produzir a peça O Menino que não Sabia Chorar e apresentá-la gratuitamente em hospitais que tratam de pacientes com fissura labiopalatina. O objetivo é ainda a publicação da peça ilustrada em livro e sua distribuição gratuita nos hospitais.
“O Menino que não Sabia Chorar conta a história do menino Bento, que nasceu com fissura labiopalatina e sem o canal lacrimal. Ele e sua irmã Clarice decidem partir em busca do choro do menino e nessa jornada de autoconhecimento vivem grandes aventuras”, dizem.
“Quem tem fissura labiopalatina (e é muita gente, pois um em cada 650 bebês nascidos tem alguma fissura) não tem onde nem como se reconhecer, não há histórias sobre pessoas que se parecem com eles. Por isso, a peça e o livro são tão importantes e auxiliam de maneira lúdica a vida e o tratamento dos pacientes, além de seus familiares e médicos.”
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