Funcionárias de hospital em BH protestam contra norma que obriga uso de calcinha bege

Funcionárias promoveram uma manifestação na entrada do Hospital Felício Rocho para denunciar que a administração regula a cor das calcinhas que vestem e ainda as proíbe de usarem maquiagem e esmalte; sindicato ainda denunciou corte de adicional noturno

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Dezenas de funcionárias do Hospital Felício Rocho, um dos maiores de Belo Horizonte (MG), realizaram na manhã desta terça-feira (14) uma manifestação contra uma normal do hospital que as obriga a usar calcinhas apenas da cor bege. De acordo com funcionárias, entre elas enfermeiras, a administração do hospital as obrigou a assinar um termo que restringe a roupa íntima à cor bege e ainda as proíbem de usarem maquiagem e esmalte nas unhas. Elas tomaram a entrada do hospital para denunciar a situação com faixas e cartazes com frases como “Eu uso a calcinha que eu quiser. Chega de regras. Sou mulher, minha roupa não define meu caráter”. Elas ainda penduraram calcinhas de diferentes cores no gradeado da entrada do prédio. Além da denúncia, as funcionárias, unidas a outros trabalhadores do hospital, fizeram o ato para denunciar o corte de adicional noturno, que é garantido por lei para quem trabalha entre 22h e 5h da manhã. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (Sindeess), o hospital vai parar de pagar o adicional noturno em fevereiro e o corte representará entre R$500 e R$600 a menos na folha de pagamento. O Hospital Felício Rocho, que é particular mas tem caráter filantrópico através de um convênio com o SUS, não se manifestou sobre o protesto e as demandas dos funcionários. *Com informações do BHAZ