Funcionário morre em loja do Carrefour de Recife, que esconde corpo para continuar aberta

Moisés Santos trabalhava promovendo produtos alimentícios, quando começou a passar mal e acabou falecendo. Em seguida, seu corpo foi levado a um corredor lateral, onde permaneceu cercado por guarda-sóis até a chegada do IML

Guarda-sóis ocultando corpo de funcionário morto em uma loja do Carrefour em Recife (foto: Twitter)
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Moisés Santos era funcionário de uma das lojas da rede Carrefour na cidade de Recife, capital de Pernambuco. Na manhã desta terça-feira (18), ele passou mal e acabou morrendo, durante o horário de trabalho.

Após constatado o falecimento do trabalhador, a direção do supermercado reagiu rapidamente, mas priorizando o funcionamento do negócio: escondeu o corpo em um corredor lateral, e o manteve ali durante ao menos duas horas, cercado por guarda-sóis de patrocinadoras de cerveja, até a chegada de uma ambulância do IML (Instituto Médico Legal), por volta do meio-dia.

Enquanto o corpo de Moisés Santos estava oculto, a loja se manteve funcionando normalmente, e também continuou aberta após o corpo ser levado. O caso foi denunciado por clientes que tiraram fotos dos guarda-sóis cobrindo o corpo, e publicaram nas redes sociais.

O episódio despertou a indignação de muitos internautas, a ponto de obrigar o Carrefour a divulgar uma nota, na qual lamentou a morte de Moisés e prometeu que mudará seus protocolos para casos de emergência.

“O inesperado falecimento do Sr. Moisés Santos, vítima de um infarto, foi um triste acontecimento para todos colaboradores. O Carrefour sente muito e informa que, por conta do ocorrido, revisitou seus protocolos, implementando a obrigatoriedade de fechamento das lojas para fatalidades como essa”, diz o comunicado.

A direção da empresa também garante que foram realizados os procedimentos de primeiros-socorros quando Moisés apresentou os primeiros problemas, embora este fato ainda esteja sendo investigado.

Embora muitos comentários nas redes tenham especulado sobre a possibilidade de que a morte tenha sido causada por covid-19, ao menos até o momento, não há laudo médico comprovando essa informação.