Escrito en
BRASIL
el
Dois dias depois do site Intercept Brasil começar a divulgar mensagens particulares de autoridades da Lava Jato, o Coaf enviou um relatório ao Ministério Público do Rio apontando que o deputado federal David Miranda, esposo do jornalista Glenn Greenwald, fez "movimentações financeiras atípicas" de R$ 2,5 milhões em sua conta. Glenn denunciou a acusação como tentativa de retaliação contra ele e seu marido.
Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém
As supostas movimentações teriam ocorrido entre 2 de abril de 2018 e 28 de março de 2019. Nesta terça-feira (10), a 16ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro barrou a tentativa do MP de quebrar o sigilo fiscal e bancário do deputado, em meio às investigações. O deputado e outras quatro pessoas, entre assessores e ex-assessores dele, deverão ser ouvidos antes de qualquer medida cautelar.
A equipe de Miranda já afirmou, em entrevista ao O Globo, que o cargo de deputado não é a sua única fonte de renda e, portanto, "as movimentações são compatíveis com sua renda familiar". O deputado recebe R$ 33,7 mil de salário, mas que os demais depósitos fracionados detectados pelo Coaf vêm dessa outra fonte, uma empresa de turismo da qual é sócio com Glenn Greenwald.
Nas redes sociais, Glenn comentou nesta quarta-feira (11) que o as investigações são intimidações e retaliações por conta das reportagens da Vaza Jato. "Mal posso esperar pelo momento em que os agentes corruptos do MPF, que abusam de seu poder em retaliação tão óbvia - primeiro contra mim, agora contra meu marido - tem todas as suas ações corruptas expostos", escreveu.
Confira os tuítes de Glenn sobre o caso:
[embed]https://twitter.com/ggreenwald/status/1171800084893306885[/embed]