Glenn Greenwald dispara contra Witzel: "Verdadeiro e literal sociopata"

Jornalista do The Intercept Brasil comentou o fato de que o governador do RJ, Wilson Witzel, negou escolta policial ao seu marido, o deputado David Miranda (PSOL-RJ), que vem sendo ameaçado de morte desde o início da série Vaza Jato; Witzel vem sendo criticado por sua política genocida em comunidades do estado

Reprodução
Escrito en BRASIL el
O jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, classificou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, como um "sociopata". Pelo Twitter, neste sábado (17), Greenwald comentou o fato de que Witzel negou ao seu marido, o deputado David Miranda (PSOL-RJ), um pedido de escolta policial por conta de ameaças de morte. "Absurdo, mas não surpreendente: Witzel não valoriza a vida humana, exceto para aqueles que são os companheiros dele e são idênticos a ele. É por isso que a violência policial nas favelas o excita. Ele é um verdadeiro e literal sociopata", escreveu o jornalista. A escolta policial para David Miranda foi solicitada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Witzel alegou que a legislação do Rio de Janeiro veda a proteção “em caráter particular” e disse que o deputado não definiu se “proteção pretendida ocorrerá no âmbito de missão oficial ou não, sendo que em caráter particular é vedada pela legislação estadual”. O parlamentar diz estar sendo alvo de inúmeras ameças após a divulgação da Vaza Jato. Durante a campanha eleitoral, Witzel gerou polêmica ao participar de um comício em que os então candidatos a deputado federal, Daniel Silveira (PSL-RJ), e a deputado estadual, Rodrigo Amorim (PSL-RJ), quebraram uma placa da vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada em março de 2018. #ACulpaÉdoWitzel Mais cedo, o governador deu uma declaração à imprensa dizendo que as mortes de jovens negros inocentes que ocorreram nos últimos dias em favelas no Rio de Janeiro se devem ao fato dos “defensores de direitos humanos” impedirem o governo do Estado de “matar bandido”. A fala de Witzel foi repudiada por organismos de direitos humanos e gerou um tuitaço da tag #ACulpaÉdoWitzel, destacando que as mortes são originadas na política genocida autorizada pelo governador, devido a inúmeras declarações feitas por ele que corroboram com o extermínio.