Golpe contra Dilma: "é o petróleo, idiota". Brasil se torna o maior produtor da AL

01/08/2004-Plataformasemi submersível SS-11 Foto: Agência Petrobras
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Em 2016, país superou Venezuela e México como maior produtor de petróleo na América Latina, num momento em que aumenta o consumo e produção cresce pouco. Após golpe, país passou a vender poços e ativos da Petrobras a companhias estrangeiras   Por Redação        Foto: Agência Petrobras   Pelos dados do relatório BP Statistical Review of World Energy, que saiu neste mês, em 2016 o Brasil se tornou o maior produtor de petróleo da América Latina, com 2,6 milhões de barris extraídos por dia. Ultrapassando a Venezuela, 2,41 milhões, e o México, 2,46 milhões. Isso num momento em que o próprio relatório aponta forte aumento do consumo, com a produção crescendo menos que o necessário. O caso da América Latina é sintomático. Dos grandes produtores, apenas o Brasil aumentou sua produção em 3,2%. México e Venezuela tiveram quedas de 8,9% e 5,1%, respectivamente. No caso do Brasil, o crescimento vem do Pré-Sal, reservas descobertas e que começaram a ser exploradas nos governos Lula e Dilma. Golpe e venda da Petrobras -- Após o golpe contra a presidente Dilma Roussef, uma das áreas que mais sofreram mudanças foi a exploração de petróleo. Além de cortar investimentos, o presidente da companhia, Pedro Parente, passou a vender ativos a empresas estrangeiras. Como lembra o coordenador da Federação Única do Petroleiros, José Maria Rangel, em manifestação que ocorreu no Rio de Janeiro, a Petrobrás foi alvo de todos os golpes dados no país, sempre tendo por trás os interesses internacionais que movem a indústria de petróleo. "Nós levamos anos para nos libertarmos disso e agora, depois do golpe, os senhores Pedro Parente e Michel Temer querem que o povo brasileiro volte a lamber as botas do imperialismo”, declarou. Para ele, o processo que está em curso na Petrobras é o desmonte do Estado brasileiro. “O Pré-Sal só foi descoberto porque a gestão da Petrobras no governo Lula tratou a empresa como estratégica para o Estado brasileiro e o desenvolvimento nacional. É essa Petrobrás que queremos de volta”.