Hans River, que acusou jornalista de ter se insinuado sexualmente, já foi acusado pela ex-companheira de ameaça de morte

Hans River, que teria mentido em depoimento à CPMI das Fake News e que acusou a jornalista Patrícia Campos Mello de ter se insinuado para ele, tem contra si um boletim de ocorrência registrado pela mãe de sua filha

O ex-funcionário da Yacows, Hans River (Reprodução/TV Senado)
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O ex-funcionário da empresa Yacows, Hans River do Rio Nascimento, que ganhou holofotes nesta terça-feira (11) ao acusar, em depoimento à CPMI das Fake News, uma repórter da Folha de S. Paulo de ter se insinuado sexualmente para ele, já teria ameaçado sua ex-companheira de morte.

De acordo com reportagem da Folha, que mais cedo havia divulgado uma matéria desmentindo as informações fornecidas por Hans River na CPMI, a mãe da filha de 8 anos do ex-funcionário da Yacows registrou um boletim de ocorrência contra ele em 30 de novembro de 2018.

No relatório policial, a mulher contou que teve um relacionamento de 16 anos com Hans e que ele vinha lhe ameaçando de morte. “Hans ameaçou-a dizendo que tinha vontade de estrangulá-la”, diz o relato.

O caso foi registrado no 91º Distrito Policial do Ceagesp. O homem, no entanto, negou as acusações e informou à polícia que a ex-mulher estaria tentando prejudicá-lo por saber que ele estava em outro relacionamento. 

Depoimento na CPMI

Em resposta ao depoimento do ex-funcionário de Hans River a parlamentares da CPMI das Fake News no Congresso, o jornal Folha de S. Paulo divulgou, na noite desta terça-feira (11), uma reportagem com farto material que comprovaria que Nascimento mentiu em sua oitiva.

A Yacows, empresa onde trabalhava Hans River, foi apontada em reportagem de Patrícia Campos Mello de 2018 como envolvida no esquema ilegal de disparo de mensagens para campanhas eleitorais em 2018. Em seu depoimento na CPMI das Fake News, o ex-funcionário, além de acusar a jornalista de se insinuar sexualmente com o intuito de conseguir informações, disse que a matéria foi baseada em mentiras.

O jornal, então, expôs prints de conversas de Whatsapp, documentos e áudios que mostram que, ao contrário do que disse Hans, ele de fato forneceu informações sobre o disparo de mensagens à jornalista. Confira aqui.