"Hoje é um esquenta para a greve geral", diz trabalhadora da UFRJ

Centenas de alunos, professores e funcionários da UFRJ se concentram, neste momento, para o ato em defesa da educação que acontece na Candelária

Concentração de alunos, professores e funcionários na UFRJ (Foto: Lucas Rocha)
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*Com informações do repórter Lucas Rocha, do Rio de Janeiro  Centenas de estudantes, professores e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se reúnem, desde as primeiras horas da manhã, em uma concentração no campus da instituição para a manifestação em defesa da educação que acontece a partir das 18h na Candelária, centro do Rio de Janeiro. Os presentes tentam mobilizar outros estudantes, professores e funcionários através de aulas públicas, apresentações musicais, confecção de cartazes e rodas de conversa. À Fórum, Gerli Miceli, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ, afirmou que o ato de hoje deve ser um "esquenta" para a greve geral convocada por centrais sindicais para o dia 14 de junho. O objetivo da greve é fazer pressão para impedir a aprovação da reforma da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro. "A gente entende que é um esquenta para 14 de junho, a greve geral. Rumo à derrubada da reforma da Previdência e dos cortes na Educação", afirmou. De acordo com Gerli, a UFRJ, diante dos cortes anunciados pelo Ministério da Educação, só tem condições de funcionar até julho deste ano. "E o governo associa a aprovação da reforma da Previdência ao fim dos cortes. Isso é muito grave", disse, salientando a importância da paralisação do dia 14. Maria Lúcia Werneck, que é presidente da Associação de Professores da UFRJ, foi na mesma linha. "O ato de hoje gera uma expectativa positiva com relação ao dia 14, espera-se que o Brasil pare contra a reforma da Previdência e todas essas medidas que afetam fortemente a universidade pública brasileira". João Pedro Timóteo, estudante de História de 19 anos que também estava na concentração, vai ainda além. Para ele, a mobilização de hoje "vai mostrar, mais uma vez, como esse governo está em crise e pode ser derrubado nas ruas".