Homem que cuspiu em enfermeiras trabalha no Ministério de Direitos Humanos em empresa cujo contrato é de R$ 20 milhões

Missionário da Igreja Batista Vale do Amanhecer, Renan da Silva Sena agrediu as profissionais durante homenagem às vítimas do coronavírus

Renan da Silva Sena (Reprodução)
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O homem que agrediu e cuspiu em enfermeiras que faziam uma manifestação pacífica na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na última sexta-feira (1º), é funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Contudo, Renan da Silva Sena não aparece ou cumpre suas tarefas de trabalho desde março.

De acordo com reportagem de Fávio Costa, no UOL, Sena é analista de projetos do setor socioeducativo contratado pela empresa G4F Soluções Corporativas Ltda. Esta, por sua vez, tem um contrato com o ministério de Damares Alves no valor de R$ 20 milhões.

A pasta afirmou que pediu a demissão de Sena no dia 23 de abril. Não há, no entanto, nenhuma documentação que prove o ato.

Sena participava de um dos atos golpistas do DF, que pedia intervenção militar e fechamento do Congresso, quando agrediu as profissionais de saúde. Naquele dia, cerca de 60 enfermeiros homenageavam pacificamente 55 colegas de profissão mortos por conta da pandemia do coronavírus.

O servidor do Ministério de Direitos Humanos é missionário da Igreja Batista Vale do Amanhecer. Desde fevereiro, ele também presta serviços à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Uma de suas atuações é na execução de medidas destinadas a adolescentes em conflitos com a lei.