IBGE: 2,9 milhões perderam emprego entre maio e agosto

Brasil fechou agosto com 12,9 milhões de desempregados. Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de domicílios onde um dos moradores é beneficiário de programa de auxílio emergencial

Foto: Arquivo
Escrito en BRASIL el

Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Covid-19, divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 2,9 milhões de trabalhadores perderam o emprego entre os meses de maio e agosto, no pico da pandemia do coronavírus.

Com esses dados, até o fim de agosto, o Brasil fechou agosto com 12,9 milhões de desempregados - 27,6% a mais do que o registrado quatro meses atrás, quando 10,1 milhões estavam sem emprego.

Covid-19 e auxílio emergencial
A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia, no Brasil, passou de 44,1% para 43,9% em agosto, com valor médio do benefício em R$ 901 por domicílio. As Regiões Norte e Nordeste foram novamente as que apresentaram os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio, 61,0% e 59,1%, respectivamente.

Da Região Norte, três estados estão entre os cinco primeiros com maior percentual: Amapá (71,4%); Maranhão (65,5%); Pará (64,5%); Alagoas (63,5%) e Amazonas (61,9%).

Na sequência estão os demais estados do Nordeste e Norte, todos com mais da metade dos domicílios recebendo auxílio emergencial, enquanto os estados das demais Grandes Regiões estão todos abaixo de 50%. No Sul, Rio Grande do Sul (29,2%) e Santa Catarina (24,8%) apresentaram as menores proporções.

Testes
Até agosto, 17,9 milhões de pessoas (8,5% da população) haviam feito algum teste para saber se estavam infectadas pelo coronavírus (até julho esse número estava em 13,3 milhões de pessoas, ou 6,3% da população). Dentre essas pessoas, 21,6% (ou 3,9 milhões de pessoas) testaram positivo.