Idosa de 83 anos abriu buraco na parede para tentar fugir de cárcere privado com duas filhas deficientes

Filho, de 41 anos, foi preso por manter a mãe e duas irmãs - uma com deficiência mental e outra com deficiência física -, trancadas há mais de um ano em uma casa sem condições mínimas de higiene

Imagens divulgadas pela polícia da casa onde idosa foi mantida em cárcere privado com duas filhas no Ceará (Reprodução/Polícia Civil)
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Policiais civis de Boa Viagem, cidade localizada a 217 de Fortaleza, no Ceará, libertaram nesta quarta-feira (20) uma idosa de 83 anos que era mantida em cárcere privado com duas filhas, uma com deficiência mental e outra com deficiência física, há mais de um ano em uma casa sem condições mínimas de higiene.

Suspeito do crime, o filho da idosa e irmão das outras vítimas, de 41 anos, foi preso em flagrante pelos crimes de cárcere privado e abandono material. O crime foi denunciado por outra filha da mulher, que teria informado os policiais que o irmão não permitia que a mãe e suas outras irmãs saíssem de casa.

A idosa chegou a abrir um buraco na parede, que dá acesso ao quintar da casa vizinha, para tentar fugir. Foi por onde ela teria se comunicado com outras pessoas da família.

O imóvel onde as vítimas eram mantidas foi encontrado em condições subumanas, com o ambiente da casa sujo, com lixo acumulado e sem qualquer higiene.

“O local possuía poucos móveis e pouca comida na geladeira, motivo pelo qual, nesse momento, também restou configurado o delito de abandono material, uma vez que o autuado era o responsável por administrar todos os benefícios recebidos pelas vítimas”, afirmou a delegada Mariana Simões, titular da Delegacia Municipal de Boa Viagem e responsável pelas investigações.

O homem de 41 anos, que não possuía antecedentes criminais, foi preso em flagrante e autuado por cárcere privado e abandono material. Ele foi conduzido a uma unidade do sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça. Já as vítimas, estão sob os cuidados de outros familiares. Tanto o Conselho Tutelar quanto o Centro de Referência de Assistência Social (Creas) foram informados e acompanham o caso.

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