Idosa é acusada de racismo por se recusar a ser vacinada por enfermeiro negro

“Não se aproxime da minha mãe”, disse a filha, a pedido da idosa, momentos antes de ser imunizada em Taquaritinga (SP)

Vacina Oxford Astrazeneca Coronavírus para Covid. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo
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Uma idosa está sendo acusada de racismo porque seus familiares não permitiram que ela fosse vacinada contra a Covid-19 por um enfermeiro negro. O caso ocorreu nesta terça-feira (2), no município de Taquaritinga, em São Paulo.

A assessoria de imprensa da prefeitura local divulgou uma nota explicando o que ocorreu. “Ele se aproximou do carro para vacinação e a filha falou: ‘não se aproxime da minha mãe’. Ele pegou os documentos para fazer as anotações, entregou para outro profissional e voltou ao posto de atendimento para o próximo. Ele não percebeu na hora que era um caso de racismo”, revela Andrei Fernandes Amorim, um dos funcionários da assessoria.

Conforme testemunhas a filha da idosa agiu a pedido da mãe para evitar o trabalho do profissional.

O enfermeiro, que não teve sua identidade divulgada para preservá-lo, demorou para perceber o que ocorreu e após algum tempo é que concluiu tratar-se de um caso de racismo.

Apoio

“Ele comentou com os colegas e todo mundo concordou tratar-se de racismo. O enfermeiro recebeu todo o apoio dos funcionários e da Secretaria de Saúde”, disse a assessoria da prefeitura.

Não houve registro de Boletim de Ocorrência até o momento, pois não foi possível identificar as mulheres envolvidas no caso. Contudo, a prefeitura está tentando fazer o reconhecimento por intermédio de câmeras do local. 

Com informações do UOL