O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (6), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. Considerado a inflação oficial do país, o IPCA ficou em 1,26%, registrando alta em relação aos 0,4% de maio.
Esta é a maior taxa para o mês de junho desde 1995, quando ficou em 2,26%. E é a primeira vez desde janeiro de 2016 que o índice fica acima de 1,%. Naquele mês, a taxa ficou em 1,27%. Em junho de 2017, a taxa havia sido de -0,23%.
Período
Taxa
Junho de 2018
1,26%
Maio de 2018
0,40%
Junho de 2017
-0,23%
Acumulado no ano
2,60%
Acumulado nos 12 meses
4,39%
O grupo alimentação e bebidas foi o que mais influenciou o resultado mensal, sendo responsável por 0,50 ponto percentual da composição da taxa no mês. As principais altas ficaram com o leite longa vida (de 2,65% em maio para 15,63% em junho) e o frango inteiro (de -0,99% em maio para 8,02% em junho).
IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Maio
Junho
Maio
Junho
Índice Geral
0,40
1,26
0,40
1,26
Alimentação e Bebidas
0,32
2,03
0,08
0,50
Habitação
0,83
2,48
0,13
0,39
Artigos de Residência
-0,06
0,34
0,00
0,01
Vestuário
0,58
-0,16
0,03
-0,01
Transportes
0,40
1,58
0,07
0,29
Saúde e Cuidados Pessoais
0,57
0,37
0,07
0,04
Despesas Pessoais
0,11
0,33
0,01
0,04
Educação
0,06
0,02
0,00
0,00
Comunicação
0,16
0,00
0,01
0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
No acumulado do semestre, o índice ficou em 2,6%, mais que o dobro registrado em igual período do ano passado (1,18%). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 4,39%, maior que o registrado no mesmo período do ano passado (2,86%). Ou seja, está acima do piso da meta (3%) e quase batendo o centro da meta do Banco Central, que é de 4,5%.
O maior índice ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte (1,86%). A localidade teve variação de 21,78% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 18,53% nas tarifas, em vigor desde 28 de maio, aliado à cobrança adicional de R$ 0,05 para cada kwh consumido, decorrente da vigência, em junho, da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Destacam-se, também, as altas de 6,66% na gasolina e de 23,50% no leite longa vida. O menor índice foi na região metropolitana de Belém (0,69%), motivado pelas quedas nos pescados (-4,18%) e na refeição fora (-1,45%).