Intervenção no Rio: Próximo passo pode ser o estado de sítio, diz jornalista

Em sua coluna na Folha de S. Paulo, Vinícius Torres Freire relata conversas em off com general das Forças Armadas

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Com Brasil 247 O jornalista Vinicius Torres Freire, colunista da Folha de S. Paulo, sinaliza neste domingo (18) que o próximo passo da intervenção militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro pode ser a decretação de estado de sítio, que suprime as garantias individuais. O colunista reproduz informações que teriam sido reveladas, em off, por um general. "O Exército não vai ao Rio se fazer de polícia, segundo um general no Rio, mas para criar condições de uma reforma de fundo. Diz o general que pode haver, sim, confronto com bandidos, com alto risco de danos colaterais. Que se vai intervir nos presídios, isolar e tornar incomunicáveis os comandantes presos do crime. Que 'muito provavelmente' será necessário trocar comandos da PM e delegados por oficiais, reequipar a polícia e levantar o moral da tropa fluminense. E se o Exército fracassar? 'Resta o Estado de sítio, uma guerra de verdade, um fracasso da nação', diz o general", escreveu Freire. O colunista da Folha diz também que a intervenção no Rio é um desvio da ofensiva política do governo federal. "Desde que a reforma da Previdência estrebuchava, fins de 2017, Temer e turma previam uma 'agenda positiva' para 2018, baseada em segurança pública. Seria um mote eleitoral do governismo, de Rodrigo Maia (DEM) inclusive. Mas isso era um plano agora menor e pretérito", diz ele. "Sim, Temer e turma vão tentar fazer propaganda da intervenção militar na segurança do Rio até outubro. Cuidar do desastre do governo inteiro tiraria o foco da campanha, prejudicaria a tentativa de capitalizar efeitos provisórios da intervenção ou da paz temporária do cemitério", acrescenta. Leia o texto na íntegra.