O jornalista e ativista Jean Wyllys foi às redes sociais, nesta quarta-feira (6), para declarar que o ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, “será, depois de Moro, o novo cadáver político embalsamado pela imprensa comercial”.
O ministro está envolvido no escândalo dos Pandora Papers, que revelou que ele e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mantêm offshores em paraísos fiscais, usados, com frequência, por quem deseja lavar dinheiro ou sonegar impostos.
“Guedes será, depois de Moro, o novo cadáver político embalsamado pela imprensa comercial brasileira, desmoralizada em sua insistência em tratar sua audiência como idiota. Além disso ao perpetrar este tipo de desinformação, ela compromete o bom jornalismo, que ainda consegue fazer”, postou Wyllys.
Convocação
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (6), por ampla maioria, convocação de Guedes para que ele explique ao plenário da Casa as revelações de que possui conta offshore milionária em paraíso fiscal. Foram 310 a favor e 142 contrários.
As denúncias contra o ministro apontam que ele pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar, somente durante o seu mandato à frente da pasta. A Lei de Conflito de Interesses proíbe esse tipo de comportamento. Se o ministro fez investimentos internacionais por meio de sua empresa enquanto já estava no cargo, cometeu crime.
“Acabamos de convocar o ministro Paulo Guedes para explicar na Câmara sobre o dinheiro que ele mantém em paraíso fiscal e que já lhe rendeu lucro de R$ 14 milhões com a alta do dólar. Guedes está lucrando às custas da fome e miséria do povo!”, anunciou a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).