Jornalista da Fórum inicia reportagem especial nas praias do Nordeste poluídas com óleo

O jornalista esteve nesta manhã na praia de Brasília Teimosa, tradicional comunidade de pescadores localizada na zona sul de Recife

Foto: Adema/Governo do Sergipe/Divulgação
Escrito en BRASIL el
O jornalista Wilfred Gadêlha, da Fórum, iniciou nesta quarta-feira (23) sua caravana pelas principais praias do Nordeste que foram afetadas pelo vazamento de óleo, com o objetivo de produzir uma reportagem especial e investigativa sobre os impactos dessa tragédia ambiental. Gadêlha esteve nesta manhã na praia de Brasília Teimosa, tradicional comunidade de pescadores localizada na zona sul de Recife, em Pernambuco. No rastro do crime ambiental nas parias do Nordeste: Ajude a Revista Fórum a mergulhar na realidade dessa grande tragédia "A praia de Brasília Teimosa é a colônia mais antiga de Pernambuco, são 100 anos de colônia de pescadores e cerca de 1.800 pescadores. Essa é uma praia que fica na zona urbana aqui de Recife, e eu fui lá documentar o medo que as pessoas estão de que o óleo chegue", contou o jornalista. Gadêlha revelou também que a praia em questão não apresenta uma vasta faixa de areia como é o convencional, mas sim uma barreira de corais e de pedras naturais. "Se [o óleo] chegar lá é absurdo, porque não tem como tirar, não tem areia. A faixa de areia fica por trás dessa parte de pedra", contou. Neste momento o jornalista está no Palácio das Princesas, sede do governo de Pernambuco, para acompanhar uma reunião do governador Paulo Câmara (PSB) com secretários e especialistas - como cientistas e ambientalistas - para discutir o assunto. Depois de coletar informações neste local, Gadêlha seguirá para a Barra de Jangada e Praia dos Carneiros, famoso destino turístico de Recife. Ao comentar as primeiras impressões de moradores das regiões afetadas, Gadêlha disse que o sentimento geral é de medo. "As pessoas estão muito temerosas, afinal, são pescadores, pessoas que trabalham diretamente com isso e que dependem diretamente do mar. É o medo. Eles estão um pouco desesperados, porque acham que se [o óleo] chegar não vai ter o que fazer", contou.