A facilidade na aquisição de armas de fogo, defendida e estimulada por Jair Bolsonaro, causou mais uma tragédia familiar. Um adolescente, de 14 anos, matou o pai, nesta terça-feira (3), em um condomínio de alto padrão em Valinhos, interior de São Paulo.
O jovem alegou, em depoimento à polícia, que cometeu o crime para defender a mãe de agressões, de acordo com reportagem de Priscila Camazano e Tote Nunes, na Folha de S.Paulo.
O homem de 42 anos foi encontrado morto pelos policiais dentro de um veículo, na garagem da casa. Uma pistola 9 mm, entregue pelo garoto a um vigilante do condomínio, foi apreendida.
Conforme informações da Secretaria da Segurança Pública, mãe e filho declararam que, na noite anterior ao crime, o homem tinha discutido e ameaçado ambos. Ele dormiu fora de casa e, ao retornar, teria continuado com as ameaças.
Ameaça
Ainda segundo relato dos dois, eles tentaram deixar a casa. Porém, o pai não deixou e ficou mais agressivo, afirmando que mataria a esposa. Em seguida, o jovem pegou uma das armas que havia na casa e atirou contra o pai.
Havia oito armas, acessórios e munições na residência. O caso foi registrado como ato infracional de homicídio e legítima defesa na Delegacia de Valinhos. O garoto foi liberado e o caso passou para a Vara da Infância e Juventude.