Jovem que foi agredida por bolsonaristas na Paulista sequer ia na manifestação pró-Lula

Os três agressores foram identificados pela Fórum; jovem agredida concedeu entrevista ao DCM. Confira

Foto: Reprodução/Vídeo Chico Prado
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A jovem que foi covardemente agredida por três homens na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (7), concedeu entrevista a Larissa Bernardes, do Diário do Centro do Mundo (DCM). Os três agressores foram identificados pela Fórum. O fato ocorreu durante uma manifestação. Por temer pela própria segurança, a jovem de 21 anos pediu para que sua identidade não fosse divulgada. Segundo ela, a confusão começou após um bolsonarista agredir seu amigo com uma “voadora” ao ouvir os dois fazendo comentários contrários à manifestação. Ao contrário do que foi previamente divulgado, a jovem afirma que não estava militando a favor da libertação do ex-presidente Lula. Confira um trecho da entrevista do DCM. DCM – Como começou a confusão na Avenida Paulista? Eu e meu amigo estávamos apenas passando e conversando entre nós mesmos sobre o que a mulher no carro de som falava. Um dos homens do grupo a favor de Bolsonaro ouviu e atacou meu amigo com uma voadora. Meu amigo caiu no chão e outras pessoas começaram a agredi-lo também, peguei um bastão retrátil que levo sempre para proteção, já que sou mulher e ando sempre sozinha. Na tentativa de defendê-lo e sair daquela situação, fui agredida por aqueles 3 senhores que aparecem no vídeo.
DCM – Você é militante política?
Não. Não sou militante mas, cá entre nós, está claro qual dos lados eu jamais apoiaria. DCM – Então você não passou gritando “Lula livre”, como havia sido divulgado? Não. Meus comentários foram limitados a uma ligeira crítica, ao meu amigo, sobre achar desnecessário aquele tipo de manifestação. Porém, algum tempo depois [da agressão], fomos auxiliados por pessoas que estavam se manifestando a favor do PT. As mesmas, por falta de explicação, entenderam que também éramos manifestantes. Por causa disso, em algumas fotos que tiraram, apareço utilizando adesivos que indicavam apoio a um dos lados. Mas, na real, eu estava tão nervosa que nem me dei conta na hora. Só estava focada em me afastar da confusão e não passar mal (eu já havia dito que não me sentia bem pra todos ouvirem, principalmente para a policial que me retirou do meio). Leia a íntegra da entrevista  aqui